19 de março de 2009

Êxodo

Aqui não há estrelas, e sinto falta delas,
Uma nostalgia de um céu maravilhoso,
Que nunca vi.
Não há cortesia, e disso também sinto falta,
Como uma exigência inédita e utópica,
Que não se imagina aqui.

Prevejo um novo arcadismo, em breve,
Pastores e descontentamento em massa,
Profetizo e não me engano.
Sinto tremerem meus ossos
Com um anelo verde e fluido:
Um novo ano.

Vibra uma nova Pasárgada,
Senti o concreto derreter sob vossos pés,
Sobre a lava impiedosa.
Vinde comigo, e eu vos guiarei,
E juntos assistiremos ao primeiro por-do-sol,
Que será rosa.