As jardas más que hoje nos afastam
Se escondem em milhares de rogares,
Se estendem num oceano de olhares,
Que já não posso mais dizer que bastam.
As poucas, caluniosas polegadas,
Que outrora muitas eram, inclementes,
Queimam, agora, na pele que não sentes,
Como das outras vezes, nos negadas.
E tantas fantasias tão blasfemas
Interceptam esse côvado da morte,
Que não posso pedir-te que não temas.
Te peço, mesmo assim, que sejas forte,
Pois conquanto não rogo que não tremas,
Tampouco tenhas fé em minha sorte.